sexta-feira, 4 de junho de 2010

Mãe de criança diabética pode trabalhar fora?

Bem essa é minha grande dúvida.
Aliás muitas dúvidas.
Com quem deixar? Na escola? Com babá?
Na escola, será que os professores vão cuidar dela com a atenção que a diabetes requer, até já postei aqui essas dúvidas.
Com a babá, é uma hipótese remota, porque teria que ser uma que tivesse conhecimento sobre diabetes. Até a contratação de uma enfermeira pensei, mas aí tem o salário que seria maior.
Nossa que loucura! Será que perdi o rumo??
Fico pensando se estou sendo egoísta de estar pensando na minha profissão e deixando de lado os cuidados com a minha filha.
Mas também sei que tenho que oferecer à minha filha uma vida normal.
Bem, ainda não encontrei respostas às minhas dúvidas.
Queria conhecer histórias de mães que se encontram nessa situação e conseguiram(se conseguiram) organizar essas questões.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Vestindo a camisa!

Sabe, quando se descobre que um ente querido tornou-se diabético tudo muda, impreterivelmente. Nada mais há que se fazer, a não ser vestir a camisa pra essa batalha. Até porque a batalha deles é pior que a nossa.

Quando descobri que minha gatinha estava diabética, de início pensei "foi castigo". Por consequência veio a culpa. Achava que o meu sofrimento pessoal, tivesse provocado o stress na Gabi. Mas no hospital não tive tempo de digerir muito as coisas, nós sofremos muito lá no hospital. Coisas de hospital público com eminência de greve. Aí já viu!!

Demorou muito tempo até que eu me perdoasse pelo stress que causei a minha filha por causa dos meus problemas pessoais. Não posso dizer que hoje já me perdoei, mas hoje tenho consciência de que as chances dela desenvolver a diabetes eram maiores do que eu poderia imaginar. O irmão, mesmo não sendo meu filho, tem diabetes. E mais recentemente descobri que minha mãe biológica tem a diabetes tipo 2. Aumentando a probabilidade.

O medo que tinha de injeção deixei no hospital. Milagre?? Não. Amor mesmo. Ela precisa de mim.

Mas me sinto sozinha com ela nessa batalha. O pai não vestiu a camisa. Respeito sua fragilidade. Mas me pergunto, a presença do pai não é importante?

Por que não podemos dividir as responsabilidades? Ele não faz o teste, não aplica a insulina, não sabe dos horários nem o que ela come.

Fico triste, mas estou aqui, a espera que ele me procure uma dia para aprender a cuidar da nossa filha.

Até!